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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

"O Outro mundo não é possível, é necessário!"

De 28 de maio a 1º de junho de 2012 será realizado em Florianópolis/SC o II Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica.

O objetivo do evento é discutir o cenário atual mundial da educação profissional e tecnológica, além de trocar vivências entre países de todos os continentes e mapear as tendências educacionais da área.
O tema da edição 2012 será Democratização, Emancipação e Sustentabilidade. O link do evento segue abaixo:


Link: http://2sitefmept.ifsc.edu.br/

Em 2009, a primeira versão do Fórum (realizado em Brasília/DF) tratou da diversidade e da integração como formas alternativas e opostas à lógica neoliberal aplicada à educação.

O título deste post é uma frase de Leonardo Boff, teólogo e educador catarinense, que inicia a Carta do I Fórum Mundial de Educação Profissional e Tecnológica, documento que sintetiza todo o trabalho e debate realizado ao longo do evento. Ele aponta o papel da educação, sobretudo a profissional, como força na luta da desigualdade e a injustiça, permitindo o acesso à cultura socialmente construída e a uma "nova educação".

Uma educação profissional concebida não na dualidade e no resgate da cidadania que se sustenta pela exclusão, mas sim, uma educação profissional que possa criar condições para que todos(as) possam construir seu próprio trabalho e a se autodirigir.

Integrado ao Fórum Social Mundial e ao Fórum Mundial da Educação, o I FMEPT proclamou:

1. Ampiar o compromisso do Estado em assumir, cada vez mais, responsabilidade perante a cidadania, especialmente no que tange à educação pública

2. Alargar o alcance da educação, em especial da educação profissional e tecnológica

3. Tecer uma rede mundial de culturas e alternativas de educação, em que a cooperação em favor do ser humano e da vida substitua a concorrência

4. Reconhecer que, como a sociedade do conhecimento é complexa, é necessário que a educação para o trabalhose fortaleça enquanto educação para a vida e por toda a vida

5. Lutar pela valorização da diversidade de mundos, assegurando lugar às capacidades locais, às diversas instâncias de aprendizagem para além da escola, reconhecendo e validando esses saberes

6. Promover ações educacionais que reconheça a ciência e a tecnologia como um dos instrumentos fundamentais para mudar o mundo, assegurando ações afirmativas em favor de todos os grupos até então discriminados

7. Propor e apoiar iniciativas comprometidas com o resgate da dignidade da pessoa, independente da condição do continente, país, cor, religião, gênero, dentre outros(as)

8. Validar e reconhecer os saberes tácitos construídos no trabalho e nas relações da vida


Colegas, educadores ou não: será uma bela oportunidade para debate e construção de um novo entendimento sobre educação profissional. Além disso, os agradáveis ares de Santa Catarina darão  excelentes condições para analisar como andam as ações acima, proclamadas no 1º FMEPT há três anos.

Afinal, o Outro mundo necessário está sendo contruído?

3 comentários:

  1. está sim... e pra mim esse mundo começou através de você.
    Não conhecia o Forum, e ficou uma dúvida: Você acha que a "nova educação" é uma prioridade do Governo? O Ministério da Educação é parte nesse debate?

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  2. Olá Rodrigo,

    A educação profissional realmente merece debates mais profundos, afinal acredito que seu conceito tenha recebido olhares estereotipados pelo governo e população ao longo dos anos.
    Em minha opinião, um novo mundo necessário pode e deve ser construído, porém isso só acontecerá quando houver um entendimento por parte de todas as classes sociais da importância da educação em nosso país.

    Parabéns pela iniciativa do Blog!

    Até mais!

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  3. É Rodrigo, hoje a Educação Profissional não pode mais se basear somente no ensino puramente técnico de determinada área. Este "Outro mundo" requer uma educação que prepare profissionais e cidadãos "para a vida e por toda a vida" e isso envolve muito mais coisa do que simples procedimentos.

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